No Brasil, milhões de pessoas com deficiência enfrentam um obstáculo silencioso e cruel: a exclusão do mercado de trabalho. Muitas são altamente qualificadas, cheias de potencial e desejo de contribuir, mas esbarram em empresas sem estrutura acessível, na falta de apoio e, pior, no preconceito. O resultado? Talentos desperdiçados e vidas limitadas por barreiras que poderiam ser removidas.
Renata Abreu, deputada federal (SP) e presidente nacional do Podemos, tem sido uma das principais vozes na luta pela inclusão e pelos direitos das pessoas com deficiência. Seu novo projeto de lei busca mudar essa realidade, tornando o teletrabalho um direito obrigatório para quem precisar, garantindo que nenhum profissional seja impedido de trabalhar por falta de acessibilidade no ambiente corporativo. A medida está prevista no Projeto de Lei (PL) 340/2025.
“A inclusão não pode ser uma promessa vazia. Inclusão não é caridade. É direito! É preciso garantir que o direito ao trabalho seja real, e não apenas uma ideia bonita no papel”, defende a deputada, que há anos se dedica a essa causa.
Dentre os grupos mais afetados, destacam-se as pessoas diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), que frequentemente enfrentam desafios adicionais no ambiente de trabalho, como sobrecarga sensorial, dificuldade de interação social e ausência de suporte adequado. “A falta de adaptações e de políticas específicas para esse público reforça a necessidade de medidas que garantam um ambiente laboral mais inclusivo e acessível”, ressalta Renata Abreu.
O projeto de lei de sua autoria altera o Estatuto da Pessoa com Deficiência e também cria incentivos fiscais para empresas que investirem na contratação desses profissionais. “O objetivo é claro: não basta apenas abrir vagas, é preciso oferecer condições justas, com tecnologia assistiva, suporte adequado e oportunidades reais de crescimento”, ressalta Renata Abreu.
O teletrabalho, que ganhou força na pandemia, provou ser uma solução eficiente para muitos profissionais. Mas, para pessoas com deficiência, ele pode representar muito mais do que comodidade – pode significar a única alternativa para exercer sua profissão com dignidade. Trabalhar de casa elimina barreiras físicas, reduz desgastes com deslocamento e permite um ambiente mais confortável e adaptado às necessidades individuais.
A proposta de Renata Abreu chega para transformar essa possibilidade em um direito garantido por lei. “Quantas pessoas com deficiência já ouviram um ‘não’ simplesmente porque a empresa não estava preparada para recebê-las? Isso precisa mudar. Nosso projeto dá um passo concreto para uma sociedade mais justa, onde ninguém é excluído por causa de sua condição”, defende a deputada
“Agora, a expectativa é que a proposta sensibilize parlamentares e a sociedade, mostrando que inclusão não é favor – é um direito!”, finaliza Renata Abreu.
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