Em sua primeira participação da Comissão de Ciência e Tecnologia, da qual é membro titular, o senador Oriovisto Guimarães lamentou que o País invista um percentual tão baixo do PIB na área de ciência e tecnologia. O senador incentivou a comissão a se dedicar na busca por garantir uma dotação de recursos razoável para a área de ciência e tecnologia e ao financiamento das pesquisas realizadas nas universidades. Para Oriovisto, este seria um grande benefício para o País a ser garantido pela Comissão, até porque, como ele afirmou durante a reunião do colegiado, a área da ciência e tecnologia é uma das menos prestigiadas em termos de recursos orçamentários.
“Nesta comissão falar sobre o quanto aplicamos em pesquisa, de quanto prestigiamos a ciência e a tecnologia nas nossas universidades e de quanto são escassos os recursos e de como nós temos de prestar atenção em usá-los bem, porque, na verdade, no nosso País, os recursos faltam em todas as áreas: faltam na área de educação, faltam na área da saúde, faltam na área da segurança, faltam principalmente na área de ciência e tecnologia. Exatamente porque eles são escassos é que eles precisam ser bem administrados”, afirmou o senador.
Para o senador Oriovisto, o Congresso Nacional precisa se dedicar à criação de diretrizes que prestigiem mais a área da ciência e da tecnologia, para no mínimo a colocar em condição de igualdade com pesquisas que estão sendo realizadas em outras áreas.
“É óbvio que são importantíssimas as pesquisas na área da saúde, as pesquisas na área de humanas e as pesquisas na área de ciências exatas, que são hoje as que mais impactam o desenvolvimento. Realmente, nós fazemos dezenas de lei e, de repente, vem uma descoberta na ciência, na tecnologia, que muda toda a sociedade, e as nossas leis são, simplesmente, superadas por um pesquisador solitário que arrumou uma nova maneira de fazer as coisas. Está aí a internet, está aí a indústria 4.0, está aí a inteligência artificial e estão aí as nossas universidades, ainda insistindo em gastar mais dinheiro em áreas que interessam mais de perto às corporações e à tradição do nosso País, que está hoje em desacordo com o que acontece no mundo. É apenas um alerta. Eu não sei até que ponto poderemos entrar nisso, mas acho que todos nós temos de pensar em como prestigiar mais a ciência e a tecnologia na área de exatas”, concluiu o senador Oriovisto Guimarães.