Diante do silêncio do Procurador-geral da República, Augusto Aras, sobre a prorrogação da força-tarefa da Lava Jato, o líder do Podemos na Câmara, deputado federal Léo Moraes (RO), protocola na próxima segunda-feira (31) requerimento para realização de uma Comissão Geral com a presença do chefe da PGR e também do procurador Deltan Dallagnol. A data limite para renovação da força-tarefa de Curitiba é 9 de setembro.
“O silêncio da PGR, que deveria ter se antecipado ao fim do prazo, somado aos últimos ataques à Lava Jato só geram insegurança na agenda anticorrupção no país. É inaceitável que a maior Operação de combate à corrupção do país seja desmontada, muito menos que isso seja feito numa canetada, em um ofício de duas linhas, sem que os reais motivos por trás de uma decisão com tamanhos prejuízos sejam revelados para a sociedade”, adverte Léo Moraes.
Há duas semanas, em documento assinado por Léo Moraes e pelo senador Alvaro Dias, o Podemos reivindicou junto à PGR a renovação da força-tarefa. No ofício, o partido lembrou que, ao longo dos anos, a renovação da Lava Jato foi sendo feita de maneira inquestionável pelos ex-chefes da PGR, Rodrigo Janot e Raquel Dodge.
Na última quarta-feira (26), foi a vez da Lava Jato de Curitiba fazer o mesmo pedido a Augusto Aras. Ontem (28), o Conselho Nacional do Ministério Público também cobrou a renovação por, pelo menos, mais seis meses.
Renovada pela última vez em 2019, pelo prazo de um ano, a autorização para continuidade dos trabalhos está nas mãos do procurador-geral da República, Augusto Aras. No total, são 14 procuradores em Curitiba que atuam com dedicação exclusiva.
Pelas redes sociais, Deltan Dallagnol, afirmou que a Lava Jato tem “muito a fazer”. Conforme o procurador, “são aproximadamente 400 investigações em andamento”.