Educação, Cultura e Tecnologia como ferramentas essenciais à melhora da expectativa e da qualidade de vida dos idosos brasileiros. Esse é o objetivo do médico e deputado federal Dr. Sinval Malheiros (Podemos-SP), relator do Projeto de Lei 7.349/2017 na Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara Federal.
De autoria do parlamentar Lúcio Vale (PR-PA), presidente do Centro de Estudos e Debates Estratégicos da Câmara dos Deputados, o PL altera o Estatuto do Idoso, instituindo dispositivos legais que imponham obrigatoriedade de condutas e programas ao Estado e à sociedade que beneficiem a população idosa.
Em seu relatório, favorável ao projeto, Dr. Sinval também apresentou emenda em favor de representantes da Terceira Idade após discussão do mérito com a Confederação Brasileira de Aposentados, Pensionistas e Idosos (Cobap), entidade militante na luta pelos direitos de seu público há mais de 32 anos no Brasil.
“É preciso proporcionar maior integração da comunidade idosa com os recursos tecnológicos, como forma de ampliar sua participação nas mais diversas situações cotidianas da vida”, explica Malheiros. “Oportunizar à terceira idade conhecimentos tecnológicos proporcionará a sua integração ao mundo digital das redes sociais, uma forma de se reestabelecer antigos relacionamentos e criar novos. Assim, propomos com a emenda a ministração gratuita de aulas com noções básicas de informática para idosos que demonstrem ter insuficiência de recursos para custeio de aulas e cursos particulares”, frisa Dr. Sinval.
De acordo com o o deputado, pesquisa do Serasa Experian aponta que, de 2014 a 2016, houve crescimento de 7,1% no percentual de idosos com chance de ser vítima de fraudes no país, muito em decorrência do desconhecimento de pessoas nessas faixas etárias de circunstâncias ligadas ao uso de equipamentos tecnológicos, como computadores e caixas eletrônicos. O valor saltou de 36,5% para 43,6%, no maior aumento de segmento populacional visto como potencial vítima de fraudes.
“São números preocupantes. As conclusões apontadas são de que o desconhecimento das tecnologias, ligadas a uma renda média baixa, fator usualmente associado à precariedade de formação acadêmica e técnico-profissional, que tornam o grupo mais propenso a ser vítima de fraudes”, explica Dr. Sinval.