Os membros da Comissão de Educação aprovaram nesta terça-feira (21/05) proposta de autoria da senadora Rose de Freitas que determina premiações iguais a homens e mulheres em competições esportivas que envolvam recursos públicos. O projeto da senadora do Podemos do Espírito Santo, relatado pela senadora Leila Barros (PSB-DF), foi aprovado em caráter terminativo, e caso não haja recurso para análise em Plenário, seguirá diretamente para a Câmara dos Deputados.
O PLS 397/2016, da senadora Rose de Freitas, proíbe a distinção de valores dos prêmios pagos a atletas homens e mulheres, se pagos com dinheiro público ou quando for pago por entidades que se beneficiem desses recursos. O texto, segundo Rose, mudará a desigualdade de gênero que marcou a vida de muitas atletas do país.
“Isso que é efetivamente adotar práticas de igualdade, fora disso tudo é uma quimera. Eu quero agradecer a senadora Leila pelo relatório, que disse pra mim, se é para tratar homem e mulher igual, podem contar comigo. Muito obrigada a todos”, agradeceu a senadora Rose de Freitas.
A relatora, senadora Leila Barros (PSB-DF), afirmou que o maior desafio das mulheres no esporte é o sexismo. Em 30% das principais competições esportivas mundiais, as vencedoras de modalidades femininas recebem menos dinheiro que os atletas masculinos. Ela citou o exemplo do voleibol: Em 2016, enquanto a seleção masculina, que ficou em segundo lugar na Liga Mundial, recebeu US$ 500 mil em premiações, a seleção feminina, que levou medalha de ouro no Grand Prix, recebeu um prêmio de US$ 200 mil.
Segundo Leila, especialistas apontam a publicidade como o maior obstáculo para a igualdade de gênero no meio esportivo. Mesmo nas modalidades em que os bônus pelas conquistas são iguais, os montantes pagos pelos patrocinadores fazem a balança pender muito mais para os homens. Os contratos particulares com empresas em muitos casos representam a maior fatia da renda dos atletas.
(com informações da Agência Senado)
foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado