O compliance dentro do mundo político pode parecer uma novidade para muitos, mas não para o Podemos. Já há alguns anos o partido discute a incorporação de disciplinas internas para ampliar a transparência e avançar na definição de um código de condutas e integridade.
Nesta terça-feira (6), a deputada Renata Abreu (SP), presidente nacional do Podemos, participou do Congresso Nacional de Compliance Eleitoral e Partidário, realizado em Brasília.
“A adoção do compliance é a retomada da conexão dos partidos políticos com a sociedade, por mais transparência, por mais participação, por uma democracia interna mais justa, por equidade de gênero”, assegura Renata Abreu.
Durante o evento, a parlamentar destacou que o partido já investe em atendimento a esse conjunto de boas práticas com a criação do Comitê de Compliance. Este setor, no partido, é composto por especialistas de diversas áreas como juristas, contabilistas e políticos.
A deputada salienta que o programa de compliance será disseminado a todos os diretórios do partido, por meio de cursos e treinamentos presenciais ou à distância. Essa é uma das medidas prevista para o segundo semestre de 2019.
“Nós, do Podemos, estabelecemos um plano de ação com mais de 19 metas, com canais de denúncia, código de ética, medidas disciplinares. Até o fim do ano, vamos avançar nesse debate e estruturar ainda mais esse setor dentro do Podemos”, garante.
Com a incorporação dos programas de compliance o tema deixa de ser assunto somente do mundo corporativo e passa a integrar o mundo da política. A expressão passou a ser mais conhecida depois da Operação Lava Jato, quando empresas investigadas investiram na estruturação de programa para se adequar às leis e evitar novos casos de corrupção.