O deputado federal Pastor Marco Feliciano (SP) requereu a realização de audiência pública na Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional, para debater a perseguição religiosa e as práticas discriminatórias contra os cristãos no exterior, sobretudo na Coreia do Norte. O parlamentar sugeriu que fossem convidados para discutir o assunto o Sr. Jarbas Aragão, jornalista do site Gospel Prime, e representantes da Missão Portas Abertas Brasil, da Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre, e do Ministério das Relações Exteriores. Marco Feliciano alertou que as perseguições contra cristãos no exterior ocorrem numa escala cada vez maior.
“Muitos cristãos sofrem discriminação e ataques causados tão somente pelo fato deles praticarem sua fé. Essas perseguições ocorrem frequentemente no Brasil, mas acontecem também em uma escala bem maior em outros países, principalmente aqueles que vivem em regime ditatorial ou comunista. Recentemente em Ruanda, o presidente Paul Kagame mandou fechar milhares de igrejas evangélicas. O mesmo ocorreu na Argélia, que também expulsou missionários estrangeiros. Já na Índia, extremistas hindus atacaram fisicamente pastores e fiéis. O site da “Missão Portas Abertas” traz uma lista com a relação de países que mais perseguem cristãos pelo mundo. Essa lista é elaborada todo ano, sendo que o país que lidera a lista nos últimos 16 anos é a Coreia do Norte”.
O deputado assinalou que diferentemente da Coreia do Sul (que recebeu missões religiosas na década de 1960, e hoje 29% de sua população se declara cristã), a Coreia do Norte tem pouco mais de 1% da sua população cristã, sendo que o governo persegue fortemente esses cristãos promovendo estupros, torturas e escravidão. Ele relatou que, apesar de o governo norte-coreano deixar funcionar oficialmente 5 igrejas cristãs em Pyongyang, analistas acreditam que essas igrejas são de fachada. “Elas não funcionam e servem somente para o governo fingir que existe uma tolerância religiosa no país. Na verdade, para que os cristãos possam praticar sua fé nesse país, eles utilizam igrejas clandestinas que geralmente funcionam nas próprias casas”. atestou.
O deputado Pastor Marco Feliciano registrou dados que apontam que há entre 200 e 300 mil cristãos norte-coreanos, que não são reconhecidos pelo governo, praticando sua fé em segredo. Caso sejam pegos, eles podem ser presos, torturados, mortos ou enviados para campos de trabalhos forçados. Não só eles, mas seus familiares também.