Em discurso no Plenário, que recebeu o aparte de diversos senadores, o Líder do Podemos, Alvaro Dias, afirmou que nos diálogos revelados entre o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, e o procurador da República Deltan Dallagnol, não há nada que possa comprometer a Operação Lava Jato. No seu pronunciamento, nesta quarta-feira (12/06), o senador Alvaro Dias confirmou sua avaliação de que a operação surgiu como esperança de uma nova Justiça no país, mas que, desde o início, é vítima de uma conspiração para minar sua credibilidade.
“A conspiração tem sido presença constante no itinerário percorrido pelos policiais, pelos procuradores, pelos julgadores. Mais do que nunca, agora a conspiração se faz presente. Quando uma invasão criminosa, bisbilhotando a intimidade de duas autoridades de prestígio nacional, afronta a nossa inteligência, pratica aquela tentativa de desqualificar quem denuncia e quem julga na esperança de absolver os criminosos”, disse o senador.
Para o senador Alvaro Dias, a legislação atual é moderna, ao estabelecer, segundo ele, a interação entre agentes públicos encarregados de investigar, julgar e condenar os criminosos. Alvaro Dias criticou ainda a invasão criminosa da privacidade de integrantes da força-tarefa da Lava Jato e do ministro da Justiça, Sérgio Moro. Para ele, a ação foi arquitetada deliberadamente a fim de beneficiar advogados de defesa que criminosos que foram presos em razão de condenações da operação, que tentam obter a reversão das decisões na Justiça. “Não haverá reversão, até porque, nos diálogos criminosamente revelados entre Moro e o procurador Deltan Dallagnol, nada há que possa comprometer a imparcialidade havida na condenação de criminosos, em decisões judiciais competentes”, assinalou o líder do Podemos.
“Eu não tenho dúvida de que o Brasil não está preocupado se Moro conversa com Deltan Dallagnol ou não conversa. O Brasil está preocupado com a corrupção, com o assalto que desarrumou as contas públicas, que devassou as finanças e que, lamentavelmente levaram o país a uma situação de infortúnio, de temor em relação ao seu futuro, porque certamente nós levaremos muito tempo para tapar os buracos abertos pela corrupção e pela incompetência dos últimos anos neste país”, completou Alvaro Dias.
Foto: Luiz Wolff