Ao tomar conhecimento de que a Caixa Econômica Federal não tem mais recursos para financiar o programa Minha Casa Minha Vida, o deputado federal Silas Freire (PI) se manifestou em discurso no plenário da Câmara, declarando que a Caixa tem sim dinheiro, “o que falta é a autorização de capital”. O parlamentar pediu mobilização para resolver a questão.
“A construção civil deu uma desaquecida, principalmente na questão habitacional. As pessoas que trabalham na área estão apavoradas após essa notícia de falta de recursos da Caixa, pois assim não tem condições de dar andamento aos trabalhos. Num país de milhares de desempregados, os trabalhadores da construção civil não podem manter seus empregos e nem os empresários da área gerar empregos. Mas, o que está faltando não é dinheiro, é uma autorização de capital e, por isso, estamos deixando de praticar a construção civil na área da habitação, deixando de empregar e o pior, estamos desempregando”, declarou o deputado.
Silas Freire revelou qual pode ser a solução para a área da construção civil. “Na próxima terça feira (24) haverá reunião do conselho curador da Caixa Econômica Federal, na qual poderá ser autorizado ao Banco Central o uso do capital de R$ 10 bilhões pela Caixa, recursos esses do FGTS, para que não congelem de vez a construção civil na área da habitação, para que se possa gerar empregos”, destacou ele.
O parlamentar se refere ao acordo de Basiléia, que prevê que os bancos que emprestam e que têm níveis de risco variados tenham capital suficiente para cobrir o risco do que emprestam. O acordo de Basiléia aplicado à Caixa Econômica faz com que o capital dela cresça para que existam recursos adicionais para programas como o Minha Casa Minha Vida. Segundo o deputado, a Caixa está toda mobilizada nesse sentido, para este título de R$ 10 bilhões seja aprovado pelo Conselho.
Amanhã (19), milhares de trabalhadores da construção civil, em especial na área da habitação, estarão ocupando a sede da Caixa Econômica no Brasil inteiro. “Precisamos nos mobilizar para encontrar essa saída. Peço, inclusive, a intervenção do próprio presidente da Câmara, Rodrigo Maia, para que possamos conversar com o conselho curador para abrir essa possibilidade”, finalizou o parlamentar.