Na semana em que é comemorado o Dia Internacional da Síndrome de Down, 21 de março, a deputada Nely Aquino (MG), destaca a atuação fundamental dela para aprovação do Projeto de Lei 369/2023, que inclui dados de pessoas com Síndrome de Down e Autismo nos Censos Demográficos.
Para a parlamentar esse projeto representa um significativo na promoção da inclusão e integração social de pessoas com deficiência, especialmente aquelas com Síndrome de Down (T21) e Transtorno do Espectro Autista (TEA).
“A iniciativa é crucial para o desenvolvimento de políticas públicas mais eficazes e direcionadas, que verdadeiramente atendam às necessidades dessa parcela da população”, descreve Nely Aquino.
Um dos pontos-chave da matéria é a inclusão direta de pessoas com T21 e TEA nos censos demográficos do IBGE, com o objetivo de identificar e mapear suas condições socioeconômicas e culturais para uma melhor orientação das políticas públicas de saúde, educação, trabalho e lazer.
A iniciativa propõe, ainda, a criação da Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa com Deficiência (CORDE), além de garantir a proteção jurídica de seus interesses coletivos ou difusos, regulamentando a atuação do Ministério Público e estabelecendo medidas contra a discriminação e violação de direitos.
A coleta precisa de dados sobre a população com T21 e TEA é fundamental para o desenvolvimento de políticas públicas que realmente atendam às expectativas destes grupos.
Nely Aquino, que relatou a matéria na Comissão de Ciência, Tecnologia e Inovação da Câmara, defende que “com informações confiáveis, o governo pode alocar recursos de forma mais adequada e planejar serviços específicos para atender às demandas reais dessas comunidades, garantindo um tratamento mais justo e eficaz”.
A atualização periódica do cadastro das pessoas com T21 e TEA possibilitará acompanhar as mudanças nas suas condições de vida e necessidades. Isso permitirá o planejamento e a implementação de políticas públicas mais eficazes nas áreas de saúde, educação, trabalho e lazer.
A relatora também destacou a necessidade de realizar ajustes metodológicos nos processos de coleta de dados do IBGE, a fim de incluir as especificidades das pessoas com Síndrome de Down e autismo. Além disso, apresenta um substitutivo consolidando as propostas do projeto principal e de seus apensos, reconhecendo a inclusão dessas especificidades na Lei nº 13.861/2019.
Para ela, “Esses ajustes metodológicos são essenciais para garantir que os dados coletados sejam precisos e relevantes, refletindo adequadamente a realidade dessas pessoas. A inclusão das pessoas com T21 e TEA nos censos demográficos representa um passo crucial na construção de um futuro mais equitativo e inclusivo para todos. Ao garantir a visibilidade dessa comunidade, podemos combater o preconceito e promover a igualdade de oportunidades”, disse Aquino.
O projeto também foi aprovado na Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência (CPD) e aguarda indicação de relator na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC).
Foto: Kayo Magalhães – Agência Câmara