O Projeto de Lei 1.464/22, de autoria do deputado federal Glaustin da Fokus (Podemos-GO), que cria a Política Nacional de Atenção Integral a Síndrome de Burnout no âmbito do SUS, foi aprovado na terça-feira (09) na Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados.
O relator da matéria, deputado federal Emidinho Madeira (PL-MG), valorizou a iniciativa do parlamentar goiano de promover a visibilidade da saúde mental dos trabalhadores brasileiros.
Para Glaustin, a aprovação foi uma vitória contra precarização crescente das relações de trabalho. “A Síndrome de Esgotamento Profissional, também conhecida como burnout, não é frescura. E precisamos dar apoio aos trabalhadores desde o surgimento dos primeiros sintomas”, reforçou.
De acordo com dados de uma pesquisa realizada pela Associação Nacional de Medicina do Trabalho, cerca de 30% dos brasileiros sofrem com os sintomas desse problema.
O deputado explicou ainda que, com a criação da Política Nacional de Atenção Integral a Síndrome de Esgotamento Profissional, será possível que o SUS desenvolva atividades educativas e de conscientização. Isso inclui tanto ações de serviços de atendimento, como de proteção e promoção da saúde.
Em 2022, a Síndrome do Esgotamento Profissional, foi reconhecida e classificada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como doença ocupacional.
Agora, o Projeto de Lei 1.464/22 segue para a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC), para análise dos aspectos constitucionais, legais, jurídicos, regimentais e de técnica legislativa.
Glaustin da Fokus garantiu que a luta para a aprovação da matéria seguirá firme. “Infelizmente, assim como a depressão, o burnout é uma realidade no cotidiano de muitos trabalhadores brasileiros. E a doença atinge profissionais de todas as esferas, por isso precisamos conscientizar e prevenir.”
Burnout
A síndrome do esgotamento profissional passou a ser mais discutida após a pandemia. A principal causa da doença é justamente o excesso de trabalho. O burnout atinge profissionais que atuam diariamente sob pressão e com responsabilidades constantes.
A doença pode resultar em estado de depressão profunda e, por isso, é essencial procurar apoio profissional de saúde desde o surgimento dos primeiros sintomas.
A OMS inclusive alerta que os três os principais indícios de burnout são: os sentimentos de exaustão ou esgotamento de energia; aumento do distanciamento mental do próprio trabalho, ou sentimentos de negativismo ou cinismo relacionados ao próprio trabalho e, por fim, a redução da eficácia profissional.
Foto: Sérgio Lima – Liderança do Podemos00