Nós, congressistas, temos a imensa responsabilidade de buscar o retorno da estabilidade política, extremamente necessária para garantir a tranquilidade do processo eleitoral pelo qual passaremos em outubro.
O governo, por seu lado, busca aprovar a reforma previdenciária a qualquer custo.
Acredito que este seja um ano de efetivarmos algumas conquistas do povo brasileiro. A Operação Lava Jato é um avanço na moralização da política nacional. Temos vários políticos presos, alguns já condenados e próximos de irem para a cadeia. Tudo isso nos anima a buscar a aprovação do Projeto de Lei do nosso senador Alvaro Dias que acaba com o foro privilegiado.
O senador defende que o foro privilegiado, que abriga 54 mil pessoas com cargos públicos, fere o artigo 5º da Constituição Federal, que diz que todos os brasileiros são iguais perante a Lei. Além do mais, muitos dos que dispõem de foro privilegiado acabam não sendo julgados, pois, como o STF só tem 11 juízes, os processos acabam prescritos e os autores de delitos ficam impunes.
O projeto foi aprovado no Senado e está na Câmara dos Deputados. Onde já passou pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Agora, ele precisa ser aprovado numa Comissão Especial – a ser criada – e no plenário.
No aplicativo de democracia direta do Podemos, a votação a favor do fim do foro teve até agora 93% dos votos.
E assim, esperamos que depois de tantas crises e de tantas manifestações de descontentamento da população nestes últimos anos, possamos finalmente, nestas eleições que se avizinham, retomar a normalidade política e a confiança nas instituições democráticas. O Podemos está dando sua contribuição para a renovação da democracia e o resgate da política. Temos a certeza de que o pior já passou e o país está pronto para retomar a via do desenvolvimento econômico com distribuição de renda e geração de empregos.
E, repetindo a frase do grande Tancredo Neves, “se todos quisermos, dizia-nos, há quase duzentos anos, Tiradentes, aquele herói enlouquecido de esperança, podemos fazer deste país uma grande Nação. Vamos fazê-la”.