Economista, duas vezes Secretário da Fazenda do Paraná e com mais de 50 anos de experiência na vida pública, o deputado federal Luiz Carlos Hauly (PR), mais uma vez usou a tribuna da Câmara para dar um duro recado aos que jogam contra os interesses do país e prejudicam a economia e os interesses dos trabalhadores e dos produtores da riqueza nacional. Ele subiu o tom do seu discurso contra aqueles que ganham com a alta dos juros e os que criticam levianamente a economia como se o Brasil estivesse quebrado.
O parlamentar paranaense destacou que “a economia brasileira pertence ao povo brasileiro, pois é ele que produz na agricultura, na indústria, no comércio, nos serviços, em todas as atividades e todas as outras atividades. É o trabalho, a produção que faz com que a economia cresça e prospere. Portanto, quem paga os impostos é o povo, é o consumidor brasileiro. As empresas cobram e repassam para as famílias. As famílias são empregadas ou donas dos empreendimentos da economia de mercado. Então, quando se critica a economia, está se criticando o povo, tirando emprego, aumentando a taxa de juros e dos preços das mercadorias em geral, elevando a taxa do dólar e da dívida pública da União, Estados e Municípios, comprometendo os negócios do país. É preciso saber separar o governo da economia”, exemplificou.
Didaticamente Hauly ensinou que é preciso separar a crítica que é feita ao mau desempenho do governo da crítica que é feita à economia. “A economia precisa do apoio do Congresso Nacional. O Brasil é a oitava economia do mundo, mas poderia ser a quarta economia se não fosse a nossa baixa estima que se fala mal do Brasil o tempo todo. Nós, que somos filhos de imigrantes de primeira, segunda, terceira geração, temos que dar graças a Deus que nossos ancestrais colheram essa terra fértil onde jorra o leite e o mel. Aqui é a pátria do amor, não das brigas ideológicas falidas, ideologias falidas. Aqui deve valer o pragmatismo, da partida dobrada, da entrada menos saída”.
Hauly disse “todos os indicadores do Brasil são melhores do que a média da OCDE. O Brasil tem mais reservas em Nova Iorque do que a média da OCDE. O Brasil tem um déficit público menor do que a média da OCDE. O nosso déficit é grande? Sim, é grande. Temos que combater o governo para que ele diminua o custo do governo? Sim. Mas dizer que o Brasil está quebrado é irresponsabilidade, é politicagem e crime de lesa-pátria. O que o mercado financeiro vem fazendo com a economia chama-se crime contra a ordem econômica e a economia popular”, denunciou.
“O Brasil tem melhor desempenho do que a média dos países da OCDE. Não se pode aumentar tanto os juros. Não sou governo, mas sou brasileiro, patriota, e defendo os interesses do Brasil”.
Foto: Bruno Spada – Agência Câmara