Glaustin da Fokus é deputado federal eleito por Goiás
Ser representante das mães atípicas e PCDs na Câmara é uma grande missão que levo comigo e faremos milhões de vozes serem ouvidas.
Ouvir e entender as necessidades da população é parte fundamental do processo político. Justamente por isso, tive a honra de participar de um bate-papo com mães atípicas no mês de março. A conversa foi muito produtiva, já que os presentes tiveram a oportunidade de expor as suas dificuldades e pedir ajuda. O grande questionamento que ficou é: quem cuida de quem
cuida?
Entre os pontos levantados na reunião, está a necessidade de que os espaços políticos sejam ocupados pelos representantes de mães e pais
atípicos, que possuem muitas barreiras na hora de cuidar dos seus filhos, como a falta de acessibilidade nos ambientes comuns e a necessidade de
estar o tempo todo em acompanhamento, os auxiliando. Alguns pais e mães relataram que jamais saíram do hospital com seus filhos, já que ao nascerem, desde o primeiro dia, precisaram do auxílio hospitalar para continuar vivendo.
É preciso retirar o rótulo de “guerreiras” dessas mães. O que elas precisam é de apoio, acolhimento e cuidado. Em janeiro deste ano, tivemos um caso lamentável em que uma mãe atípica matou seu filho autista e depois tirou a própria vida, na cidade de Águas Claras. Casos assim não podem se repetir e nem passar batido. Uma pesquisa feita pelo Instituto Baresi em 2012, aponta que 78% dos pais abandonam as mães de crianças com alguma deficiência antes que as crianças completem cinco anos de idade. Um dado levantado há mais de 10 anos que segue alarmante para a nossa sociedade.
Na Câmara dos Deputados, temos trabalhado para acolher as mães atípicas. Integro a Comissão em Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência e tenho me colocado à disposição para levar demandas a serem discutidas pelos parlamentares participantes. Além disso, apresentei o projeto de lei
1462/2022, que passa a incluir nos cursos superiores de Pedagogia, Psicologia e Psicopedagogia, conteúdos referentes ao Transtorno do
Espectro Autista. Nesse momento, essa proposta está aguardando o parecer do relator para avançar. Essas ações são fundamentais para promover a
inclusão e a conscientização.
Dar voz a quem não pode ser ouvido
Estar perto de quem precisa e dar voz a essas pessoas é um dos pilares que fazem o nosso mandato ser tão produtivo. Na Câmara dos Deputados, temos atuado por pessoas que antes não tinham representatividade. O Congresso Nacional é o local que levanta os interesses dos brasileiros e sabemos que muitas pessoas estão silenciadas, como é o exemplo das mães atípicas.
Fonte: ASCOM – Deputado federal Glaustin da Fokus
Foto: Sérgio Lima – Liderança do Podemos