O líder do Podemos na Câmara, Léo Moraes (RO), busca apoio para acabar com o auxílio-mudança para deputados e senadores. Nesta quinta-feira (23), o parlamentar protocolou projeto que acaba com a “ajuda de custo” aos membros do Congresso no início e no final do mandato. Por regular uma matéria interna do Poder Legislativo, esse tipo de proposta possui um rito de tramitação muito mais curto do que os projetos convencionais.
“A sociedade brasileira passa por uma grave crise econômica e financeira, em que o número de desempregados aumenta dia após dia e em que as despesas do Estado aumentam em ritmo acelerado. Além da questão fiscal, a aprovação deste projeto atende ao princípio da moralidade, que deve reger toda a Administração Pública”, salienta Léo Moraes.
O auxílio de R$ 33,7 mil é pago a deputados e senadores eleitos e reeleitos, sendo que quem já está no mandato chega a receber o montante duas vezes. Considerando o total de congressistas, 594, o valor gasto com auxílio ultrapassa R$ 37 milhões por legislatura.
Assim como a presidente do Podemos, deputada Renata Abreu (SP), e colegas de partido, como José Nelto (GO), Diego Garcia (PR), Reguffe (DF), Eduardo Girão (CE) e Styvenson Valentin (RN), Léo Moraes também abriu mão do auxílio-mudança.
“Mais do que uma decisão individual, precisamos pôr fim a esse privilégio”, aponta o deputado.
Na semana passada, a Câmara havia decidido acabar com o auxílio-mudança, mas dias depois, voltou atrás. Pela nova regra, agora para ter direito ao valor, o parlamentar precisa permanecer no cargo por 180 dias ininterruptos.